Percursos
É muito fácil a deslocação à Bairrada, seja de carro ou de comboio.
Viajando de auto-estrada pode aceder à Bairrada através da A1 (na ligação de Lisboa ao Porto) com saídas em Coimbra Norte, Mealhada e Oliveira do Bairro ou Aveiro Sul. Através da A17 (na ligação de Figueira da Foz a Aveiro) com saídas na Tocha e em Mira ou Cantanhede. Através da A14 (que liga Coimbra Norte à Figueira da Foz) é possível aceder à Bairrada nas saídas de Ançã e Arazede. Viajando de comboio o mais fácil é sair nas estações de Coimbra B ou de Aveiro e a partir daí seguir por rodovia.
A facilidade de acesso à região da Bairrada resulta da sua localização litoral no Centro do País, entre as principais cidades de Coimbra e de Aveiro. Daí que seja muito atractivo incluir uma deslocação à Bairrada quando se elaboram circuitos ou programas turísticos para além das cidades de Lisboa ou do Porto, nomeadamente para tomar uma excelente refeição de Leitão assado nos típicos fornos de lenha dos seus múltiplos restaurantes e/ou para visitar uma das muitas Caves e degustar aí os Espumantes, que são elaborados segundo o método clássico de fermentação em garrafa. Referimo-nos obviamente aos verdadeiros Vinhos Espumantes com Denominação de Origem Bairrada que são a excelente combinação para o famoso Leitão da Bairrada.
Porém, se dispuser de mais tempo para prolongar a sua estadia na região, então seguramente concluirá que a Bairrada e o Centro do País têm muito mais para lhe oferecer. Neste sentido é muito recomendável combinar o enoturismo na Bairrada com os seus parques lúdicos e termais, visitar o centro histórico de Coimbra – desde a Alta Universitária até à margem esquerda do Mondego – e passear de barco na extensa Ria de Aveiro, conhecer a variedade das praias na linha de costa desde a Figueira da Foz à Vagueira, passando pela Tocha e por Mira, para admirar como evoluíram as pequenas comunidades piscatórias locais, mas sem deixar de provar as especialidades que também aqui tão bem se associam com a frescura dos nossos Vinhos Brancos e Rosados.
Se pretende vir a ser um verdadeiro conhecedor da realidade local, então temos o gosto de lhe propor essencialmente três percursos rodoviários que atravessam a Bairrada, a que atribuímos nomes diferentes para melhor se identificarem, sendo um longitudinal (norte – sul) e dois no sentido transversal (este-oeste).
O percurso longitudinal – a rota dos grandes restaurantes de leitão – desenrola-se fundamentalmente ao longo do IC 2 em cerca de 10 km desde a Mealhada até à Malaposta, passando pelas cortadas para o centro de Anadia e para a Curia, as quais se situam praticamente em frente uma da outra sendo a primeira à direita e a outra à esquerda. Trata-se de uma trajecto essencialmente urbano, muito conhecido pela população em geral e pelos apreciadores das iguarias bairradinas em particular. A seguir à zona da Mealhada e no sentido norte – sul é possível cortar à direita no sentido do centro de Anadia, e após uma subida de cerca de 2 km poderemos admirar a sua magnifica nova zona desportiva, o cine-teatro e as instalações do complexo vitivinícola (Comissão, Estação e Escola Profissional) incluindo o Museu do Vinho da Bairrada, que constitui uma visita obrigatória para quem se queira documentar devidamente neste tema. Por outro lado, cortando à esquerda para o parque termal da Curia, podemos encontrar uma oferta hoteleira muito interessante, bem como um campo de golfe de 9 buracos.
Uma extensão deste circuito para norte consiste em efectuar a EN 235 desde a Malaposta até Sangalhos e Oliveira do Bairro, numa distância de mais 9 km. Ao longo desta extensão deparamos com localidades mais pequenas e originais num ambiente de maior ruralidade. Disso são exemplo Avelãs do Caminho, Fogueira, Ancas, Troviscal e Mamarrosa, sendo possível aprofundar o conhecimento da região com novas descobertas – à procura da autenticidade da Bairrada.
Quanto aos percursos transversais devemos distinguir um percurso mais a sul – a caminho das serranias - que vai pela EN 234 desde Cantanhede a Mealhada (14 km) e segue até ao Luso e ao Bussaco em cerca de mais 6,5 km. Este trajecto alterna paisagens de vinha isolada ou em associação com outras culturas e de floresta, sempre numa ondulação suave mais que se vai acentuando à medida que nos aproximamos das serras do Luso e do Bussaco. Também aqui encontramos uma oferta hoteleira muito interessante que está associada a uma zona termal e de distribuição de água de mesa muito conhecida no nosso País. Pouco mais à frente, é possível admirar o património natural que representa a mata florestal do Bussaco (sem esquecer uma ida à Cruz Alta para alargar os horizontes e admirar a linha de costa se estiver bom tempo), o magnifico hotel de cinco estrelas que aí está instalado e o Museu Militar que recorda a famosa batalha no dia 27 de Setembro de 1810 contra as tropas napoleónicas comandadas por Massena.
Outro percurso transversal mais a norte – à descoberta das novas vinhas e adegas da Bairrada – é o que segue pela EN 334 de Mogofores a S. Lourenço do Bairro e depois seguindo pela EN 333-1 até Amoreira da Gandara, numa distância de cerca de 11 km. Trata-se neste caso de um trajecto muito interessante no que representa de novos investimentos realizados no sector vitivinícola regional, desde a modernização e emparcelamento de vinhas até à construção de novas e modernas adegas que são uma referência mesmo à escala internacional. Ao longo deste circuito é possível desfrutar de uma paisagem de vinha contínua que é das mais extensas da região e degustar alguns dos vários tipos de vinho que estão disponíveis nas diversas adegas existentes, sem esquecer agora os Tintos da casta predominantes que é a Baga.
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